terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cap. XVI - Continuação

Na postagem anterior, prometi que falaria sobre a esquistossomose e o filo dos nematelmintos. Mas vai ser um resumo, pois estou atrasado um capítulo... de novo...

Sobre o esquistossomo, podemos destacar: causa a doença chamada barriga-d'água, devido ao aumento desproporcional do baço e do fígado. No nosso organismo, ele se instala nas veias que ligam o intestino ao fígado do ser humano. Uma grande quantidade de esquistossomos e de ovos nas veias pode provocar seu rompimento. No geral seus sintomas são: aumento do volume do abdome, dores nessa região, cólicas, náuseas, inflamação do fígado e enfraquecimento do organismo. Para evitar a esquistossomo deve-se adotar, no, geral, medidas higiênicas e exigir medidas do governo para melhorar o saneamento básico da região.
O ciclo reprodutivo do esquistossomo é: Os vermes adultos se acasalam, e geram ovos, que são liberados nas fezes. Ao atingir alimentos, os ovos podem eclodir e contaminá-los, fazendo com que quem coma tais alimentos adquira a esquistossomose. Se atingir rios ou lagos, os ovos se desenvolvem e formam larvas ciliadas chamadas miracídios. Essas larvas penetram no corpo do caramujo do gênero Biomphalaria, onde se hospedam e desenvolvem-se formando outra larva, chamada cercária. Essa larva sai do corpo do caramujo e fica nadando livremente na água, onde, se alguém entrar em contato com ela, pode penetrar na pele humana e atingir a corrente sanguínea, onde futuramente atinge as veias que ligam o intestino ao fígado, fechando o ciclo e formando novos esquistossomos.

Agora é sobre os nematelmintos, que abrange os vermes cilíndricos. Nesse filo podemos encontrar a lombriga (Ascaris lumbricoides), os oxiúros (Enterobius vermicularis), os ancilóstomos (Ancylostoma duodenale), causadores da doença chamada amarelão e as filárias.
- As lombrigas medem aprox. 25 cm. de comprimento, causam a doença chamada ascaridíase, que provoca náuseas, vômitos, cólicas abdominais e emagrecimento. Se alojam no intestino delgado, onde se reproduzem rapidamente, podendo chegar, às vezes, a mais de dez lombrigas. São adquiridas ao ingerir água ou alimentos contaminados, tendo como forma de prevenção o saneamento básico devido e medidas higiênicas.
- Os oxiúros medem de 8 a 12 mm, e se instalam no intestino grosso, onde provocam inflamações. São eliminados através das fezes, e a pessoa pode adquirir essa doença através da ingestão de água e alimentos contaminados. As fêmeas, à noite, pode se dirigir à região anal, onde pode provocar coceira. Se uma criança pequena coçar o local e depois evar a mão à boca, pode começar um novo ciclo.
- Os ancilóstomos possuem ganchos na cavidade da boca, por onde causam lesões na parede intestinal, alimentando-se do sangue liberado. Com isso, ele causa hemorragia e anemia, deixando a pessoa fraca e amarelada, dando o outro nome da doença, amarelão. Podem ser adquiridos através do cntato da pessoa com slo contaminado.
- Filariose ou elefantíase, é a doença causada pelas filárias, que ficam nos vasos linfáticos, os obstruindo, o que provoca o acumulo das linfas. Ao acontecer esse acúmulo, a área afetada pode inchar. É adquirida através da picada do mosquito Culex. As formas de prevenção são: dificultar a entrada dos mosquits nas casas, o uso controlado de inseticidas, e, também, o tratamento de todas as pessoas doentes da região, pois com isso, os mosquitos não absorvem esses nematelmintos na hora da picada e não os dispersa nas pessoas sadias da região. Procure um médico assim que houver um inchaço nas pernas, por exemplo, pois pode ser essa doença.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cap.XVII

O capítulo dezessete abrange o filo dos moluscos e anelídeos, representados pelos polvos, minhocas, sanguessugas, lulas e palolos.

Os anelídeos podem viver em solos úmi
dos, na água doce ou salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre. Eles são hermafroditas, mas não são capazes de se autofecundar; ou seja, copulam. Mesmo assim, há anelídeos que apresentam os sexos separados.
O corpo das minhocas (um tipo de
anelídeo) é alongado, clíndrico e dividido em anéis - que variam em número de acordo com a idade e a espécie. No primeiro anel encontra-se a boca e no último, o ânus. Logo os anelídeos têm sistema digestório completo. Nos 14°, 15° e 16° anéis a partir da boca, encontra-se uma região mais larga denominada clitelo, que tem papel importante na reprodução das minhocas. Na superfície do corpo, elas possuem cerdas que auxiliam na locomoção. Elas têm respiração cutânea, ou seja, através da pele. Nas extremidades posteriores e anteriores do corpo, as minhocas possuem células sensitivas que distinguem o claro do escuro.
Corpo de uma minhoca

Como as minhocas são hermafroditas, elas possuem os dois sexos, mas não são capazes de se autofecundar, com isso, copulam. No clitelo se encontram os órgãos sexuais das minhocas. O sistema genital feminino é formado por ovários, ovidutos, poros genitais femininos e três pares de receptáculos seminais. Já o sistema genital masculino possue os testículos, funis espermáticos que formam dois ductos seminais, que levamaos poros genitais masculinos.
O clitelo produz um casulo que recebe as células reprodutivas e guarda os ovos até a formação das minhocas jovens.
A digestão das minhocas é a seguinte: A faringe possui glândulas que secretam um muco que lubirifica o alimento. No papo, o alimento é temporiamente armazenado. Daí passa para a moela, onde é triturado. Em seguida, passa para o intestino, onde a digestão se completa e os nutrientes digeridos são absorvidos. Os resíduos não aproveitados são eliminados através do ânus. Sua alimentação consiste em folhas caídas e outros restos orgânicos no solo.
Sistema reprodutivo da minhoca

Como disse, as minhocas fazem respiração cutânea. O plasma sanguíneo é o responsável por isso, que circula em um sistema fechado de vasos.

Os anelídeos são divididos em três grupos, que consideram o quesito de número de cerdas no corpo do animal. Esses grupos são: Oligoquetas, Poliquetas e Hirudíneos. Abaixo, uma lista sobre esse grupos:
- Oligoquetas: São anelídeos com poucas cerdas, como as minhocas. Vivem principalmente em água doce, mas alguns são terrestres.
- Poligoquetas: São anelídeos com muitas cerdas no corpo, como o palolo, que é apreciado como alimento em alguns lugares da Oceania. Vivem geralmente no mar.
- Hirudíneos: São os anelídeos que não possuem cerdas. Um exemplo é a sanguessuga, que vive em riachos e pântanos, mas existem espécies marinhas. Apesar do nome, elas não parasitam o animal sugando somente o sangu
e. Ela pode se alimentar de moluscos, minhocas e outras sanguessugas (comendo esses animais, e não parasitando-os). Elas produzem um anticoagulante chamado hirudina. E na hora do parasitismo, elas produzem um anestésico para que a presa não sinta dor.

Além dos anelídeos, os moluscos também são mostrados nesse capítulo. Abaixo, algumas informações:
Eles possuem corpo mole, que é protegido, geralmente, por uma concha calcária, ou valva. Se houver uma única valva, ele é univalve. Se houver duas conchas, ele é bivalve. E há aqueles que não tem concha, como a lesma e o polvo. A maioria são marinhos, como a lula, o polvo e a maioria dos mariscos. Outros vivem na terra, como a lesma e o caracol. E há os de água doce, como caramujos.
Abaixo, uma imagem com um esquema do corpo dos moluscos.
Corpo de um molusco

O corpo de um caramujo é dividido em três partes principais: Cabeça, Massa Visceral e Pé.
- Na cabeça, encontram-se a boca, os olhos e dois pares de tentáculos, com função sensitiva - tato e cheiro.
- A massa visceral fica envolvida pela concha e é formada pelos órgãos da digestão, circulação, excreção, respiração e reprodução.
- O pé é bem desenvolvido no caracol e permite a sua locomoção na terra. Permite também que o caracol cave a areia, onde às vezes vive enterrado.
A massa visceral é recoberta por uma fina epiderme chamada manto, onde existem glândulas que fabricam a concha calcária. Na maioria dos moluscos a concha é externa e protege o corpo mole do animal. Mas a lula possue uma concha interna muito reduzida, mas lesmas e polvos não são dotados de conchas.
Os moluscos são divididos em três grupos, de acordo com o número de conchas e sua estrutura corporal.
- Pelecípodes: Possuem o pé em forma de machado, como algumas ostras e o mexilhão, próprio para cavar. Em algumas espécies, o pé produz filamentos que ligam o corpo a um substrato. São os filamentos do bisso. Eles não possuem tentáculos nem olhos, e sua cabeça é bastante reduzida. Eles são bivalves. As ostras pertencentes a esse grupo são capazes de produzir pérolas, o que desperta um interesse econômico muito grande. O processo de fabricação é o seguinte: um grão de areia fica na região entre o manto e a concha, onde é recoberto por várias secreções do manto. No fim do processo, têm-se a pérola. Isso representa para o animal um modo de defesa.
- Gastrópodes: São representados pelos caracóis, caramujos e lesmas. Eles possuem o pé diretamente ligado à massa visceral, que é protegida por uma concha (univalve) em espiral, exceto pelas lesmas, que não tem concha. Possuem uma cabeça bem desenvolvida, com tentáculos e olhos.
- Cefalópodes: Possuem tentáculos ligados à cabeça. São representados pelos polvos, náutilos, sépias e lulas. Ao se deslocarem (rastejando) usam os tentáculos ou um sistema de propulsão a jato de água. O polvo possue oito tentáculos e a lula, dez. Ambos possuem olhos grandes e capazes de distinguir cores. Para se defenderem e escaparem de ataques inimigos, usam uma tinta escura que turva a visão e prejudica o olfato dos predadores. Essa tinta é muito usada na culinária. Esse grupo possue o maior número de espécies catalogadas.


Bem, aqui acaba o capítulo dezessete... Ainda falt o dezoito ¬¬ . Mas não desanimem, pois o próximo capítulo é sobre os artrópodes, ou na língua humana, os insetos. E como é um capítulo extenso, será dividido em duas partes... ou não. Vocês sabem como eu sou imprevisível. Bem, até mais!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Cap. XVI

O capítulo dezesseis abrange os filos dos platelmintos e nematelmintos, representados por lombrigas, solitárias ou tênias, planárias e esquistossomo. No entanto é muita informação, portanto esse capítulo será dividido em duas postagens. Abaixo maiores informações:

Os platelmintos podem ter até alguns milímetros de comprimentos até alguns metros. Têm tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca - que serve como boca, realmente, ou como ânus. Alguns nem tubo digestório tem, mas vivem como parasitas, captando os nutrientes já processados através de sua epiderme. Seus representantes são as planárias, as tênias e os esquistossomos.

As planárias medem cerca de 1,5 cm de comprimento. Vivem em córregos, lagos e lugares úmidos. Locomovem-se com a ajuda de cílios e alimentam-se de moluscos, de outros vermes e de cadáveres de animais maiores, entre outros. Abaixo imagem do corpo da planária e suas estruturas:

Corpo da planária.

Mesmo estando bem visível, vou explicar as funções de cada parte desse ser. Na região anterior do corpo da planária ficam a cabeça e os órgãos do sentido: ocelos, estruturas capazes de detectar contrastes entre claro e escuro, mas não formam imagens - servem como olhos. Órgãos auriculares, que s
ão expansões laterais da cabeça capazes de perceber sensações gustatórias e olfatórias, auxiliando o animal na localização do alimento. Na imagem percebe-se também que o intestino da planária é bastante ramificado, atuando na digestão e na distribuição de nutrientes.
A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto sistema genital masculino quanto feminino. Quando duas plan
ária sexualmente maduras se encontram, elas podem copular. Após a troca de gametas, os animais se separam e os ovos formados são espalhados pelo meio externo. Dentro de cada ovo, dentro de uma cápsula, existe um embrião, que formará uma nova planária.

As planárias possuem um grande poder regenerativo, ou seja, se ela perder uma parte do corpo ele cresce rapidamente e a parte "destacada" pode originar uma nova planária. Esse é um exemplo de reprodução assexuada.
Regeneração da planária

As tênias, ou popularmente chamada de solitária, são platelmintos capazes de atingir mais de oito metros de comprimento. Existem dois tipos de tênias que serão mostradas: a Taenia solium e a Taenia saginata. Os corpos das tênias pode ser divididos em três partes: cabeça ou escólex, onde ficam as ventosas e os ganchos; pescoço, que é um curto prolongamento da cabeça; corpo ou estróbilo, di
vidido em segmentos chamados proglotes ou anéis.
Imagem do corpo de uma tênia

O ciclo reprodutivo da tênia consiste em: No estômago de uma pessoa, as proglotes maduras se desprendem do corpo do animal e são eliminadas pelas fezes. Cada proglote é hermafrodita e pode se autofecundar. Se as fezes contaminadas atingirem a água ou o solo, pode haver a contaminação dos alimentos e água ingeri
dos pelos animais da região. Ao serem ingeridos pelos animais (geralmente o porco ou o boi), as proglotes se rompem liberando embriões com ganchos, que atravessam o tubo digestório e atinge a veia sanguínea. Com isso, o embrião pode se alojar em certos músculos do animal, que se ingeridos de maneira inadequada, ou seja, malcozida, e o mais importante, sem verificar se há esses embriões, a pessoa pode adquirir teníase, e dentro do estômago o embrião se desenvolve dando origem a uma tênia adulta, fechando o ciclo.
Exemplo do ciclo de vida da tênia

Os sintomas da teníase incluem insônia, irritabilidade, diarreia, cólicas abdominais e náuseas. Outra doença causada pelas tênias é a cistircecose. A cistircecose trata-se de uma doença causada pela ingestão de ovos da Taenia solium. Neste caso, ocorre no corpo humano aquilo que ocorre no corpo do porco: Os embriões atravessam o tubo digestório, atingindo a veia sanguínea, podendo, depois, se alojar em músculos do corpo ou atingir até mesmo o cérebro. Nas áreas onde os embriões se fixam, eles formam cisticercos. No cérebro, as larvas podem causar dores de cabeça, convulsões, alterações visuais e até mesmo a morte. Para o tratamento são usados alguns medicamentos, mas, muitas vezes, é necessária uma cirurgia para extraí-los.
Para evitar as tênias, adota-se medidas como a construção de uma Rede de Tratamento de Esgoto na região, bem como de água. A lavagem rigorosa de alimentos. O fervimento da água. Denunciar locais de higiene duvidosa e evitar comer neles. Enfim, tomar medidas e atitudes higiênicas.