terça-feira, 18 de maio de 2010

SOBRE FRUTOS

De que é formado o fruto?

O fruto geralmente é formado de pericarpo e semente. O pericarpo origina-se do ovário da flor, que se desenvolve depois da fecundação, e apresenta três partes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo.

O epicarpo é a porção externa, a casca. O mesocarpo é a parte muitas vezes carnosa e comestível. O endocarpo é a camada interna que envolve a semente. Às vezes, o endocarpo é bem duro, e forma um caroço, como o da manga, do pêssego e da azeitona.

Frutos carnosos e frutos secos

Os frutos que apresentam o pericarpo relativamente macio e suculento são chamados frutos carnosos. Os frutos que têm pericarpo seco são chamados frutos secos.

Frutos carnosos

Geralmente comestíveis, os frutos carnosos são ricos em substâncias nutritivas e classificam-se em bagas e drupas.

Bagas – São frutos que têm uma ou várias sementes soltas, como é o caso do mamão, do tomate, da laranja, da melancia e da goiaba, entre outros.

Drupas – Têm um endocarpo duro, dentro do qual há uma semente. É o caso da manga, do pêssego, do abacate e da azeitona.

Frutos secos

Os frutos secos podem ser deiscentes ou indeiscentes.

Frutos deiscentes - São aqueles que, quando maduros, se abrem liberando as sementes. As vagens das leguminosas (flamboyant, feijão, soja, ervilha, etc.) são um bom exemplo.

Frutos indeiscentes - São aqueles que não se abrem quando maduros. Os grãos de milho, arroz e trigo, a avelã e a noz são exemplos de frutos indeiscentes.

Frutos falsos

Toda vez que a parte carnosa do fruto, geralmente comestível, for originada de outra parte da flor que não seja o ovário, o fruto não é verdadeiro. É por isso que eles são chamados falsos frutos.

A maçã e o morango, por exemplo, são falsos frutos, porque a sua porção carnosa se origina do receptáculo da flor. Na maçã, o verdadeiro fruto é a parte interna, uma espécie de “bolsa” que envolve as sementes. No morango, os verdadeiros frutos são vistos como pequenos pontos escuros espalhados por toda a parte vermelha. O caju também é um falso fruto, pois a parte carnosa resulta do desenvolvimento do pedúnculo floral. Nele, o verdadeiro fruto, que representa ovário desenvolvido, é a castanha.

A semente

A semente é o óvulo da flor desenvolvido após a fecundação. É a semente que abriga o embrião, a futura planta. O processo pelo qual o embrião da semente se desenvolve originando uma nova planta denomina-se germinação.

O que é preciso para que uma semente germine?

Para uma semente poder germinar é necessário a contribuição de fatores internos (condições da própria semente) e externos (condições do meio ambiente).

Condições da própria semente:

· Estar madura;

· Estar inteira;

· Não ser muita velha;

· Possuir reservas de substâncias nutritivas.

Condições do meio ambiente:

· Oxigênio (o solo deve estar fofo para permitir a penetração do ar à semente);

· Temperatura adequada;

· Umidade (presença de água no solo).

A semente e a dormência

Muitas sementes não germinam, mesmo que as condições ambientais citadas sejam adequadas. Neste caso, diz-se que elas se encontram em estado de dormência. Para germinar, precisam de outras condições, que podem variar de uma espécie para outra. Sementes de certas variedades de alface, por exemplo, só germinam em presença de luz. Já as sementes de certas variedades de melancia só germinam no escuro. Para quebrar a dormência das sementes da leucena (uma leguminosa), elas devem ser colocadas em água quente durante alguns minutos.

De que compõe a semente?

A semente é composta de tegumento e amêndoa. O tegumento é a camada externa da semente - a casca, que cobre a amêndoa, parte principal da semente. A amêndoa apresenta duas partes:

  • Embrião - Forma a nova planta quando a semente germina.

  • Albúmen - Contém as substâncias nutritivas que vão alimentar a plantinha nas primeiras fases de desenvolvimento.

No embrião existe um órgão muito importante chamado cotilédone. É ele que absorve as substâncias nutritivas do albúmen para alimentar a nova planta, enquanto ela não tiver raízes nem folhas.

Você verificou que os grupos de angiospermas se dividem em monocotiledôneas e dicotiledôneas. O que significa isso? Algumas plantas, como o milho, o arroz e outras tantas enumeradas, têm apenas um cotilédone; por isso denominam-se monocotiledôneas. Outras, como o feijão, o amendoim e a ervilha, apresentam dois cotilédones; são as dicotiledôneas.

Nas monocotiledôneas, o albúmen é muito desenvolvido. Nas dicotiledôneas, ele geralmente é pouco desenvolvido. Neste caso, as substâncias nutritivas ficam armazenadas nos próprios cotilédones.


PROPRIEDADES DA FOLHA

Folha

Absorve gases e luz solar, realiza a fotossíntese, libera produtos da fotossíntese. Às vezes pode realizar o papel de pétalas (brácteas), sendo colorida e atraindo agentes polinizadores. Pode também estar modificada em espinho, como maneira de diminuir a sua superfície e evitar a perda de água por transpiração.

É o caso dos cactos. É formada por um limbo, ou lâmina, um pecíolo, que é a haste que a sustenta, e uma bainha, a base que envolve o caule.

Podemos observar padrões diferentes na organização das nervuras, que são os feixes vasculares realizando o transporte de seiva nas folhas. Aquelas com um padrão paralelo de nervuras são tipicamente monocotiledôneas. Já os padrões ramificados de nervuras são típicos de dicotiledôneas.

ORGÃO DAS PLANTAS

As plantas possuem formas muito variadas. Percebemos ao observar, por exemplo, uma vitória-régia e um coqueiro.

Raízes, caules, folhas, frutos e flores são estruturas que comumente chamamos órgãos vegetais. Cada órgão possui sua função definida e várias formas possíveis. Vimos que as flores são órgãos reprodutivos, e os frutos se originam dessas. Como foi assunto de aulas passadas, ao caracterizarmos as angiospermas, aqui trataremos das raízes, caules e folhas.

Raiz

Tem como função absorver e fixar. Possui regiões definidas: coifa (protege a ponta da raiz), zona meristemática (indiferenciada), zona de alongamento (onde as células estão crescendo e se diferenciando), zona pilífera (possui pêlos absorventes de água) e zona das ramificações (onde partem raízes secundárias).

tipos de sistemas radiculares:

- Axial ou pivotante – típica de dicotiledôneas, possui uma raiz primária e diversas ramificações. Ex: feijão, abacateiros,...
- Fasciculada – típica de monocotiledôneas, possui diversas raízes saindo do mesmo ponto, com aspecto de emaranhado. Ex: milho
- Adventícias: são de suporte, partem do caule. Comum em mangues. Ex: milho.
- Tuberosas: atuam como órgãos de reserva. Ex: beterraba, cenoura.
- Respiratórias ou pneumatóforos: em solos pobres em oxigênio ou ambientes aquáticos, são adaptadas para captar oxigênio.
- Sugadoras: adaptadas para sugar seiva de outros vegetais.

Caule

Tem função de sustentação e conexão entre raízes e parte aérea, pode realizar reservas de substâncias e energia e pode ser fotossintético também. Possui estruturas próprias, como:
- Nós = região de inserção das folhas e gemas laterais.
- Entrenós = região entre os nós.
- Gemas apicais = região meristemática na ponta do caule
- Gemas laterais = regiões meristemáticas localizadas nos nós responsáveis pelo brotamento de novos ramos, folhas ou flores.
Tipos de caules:
- Haste: verde, delicado, realiza fotossíntese. Ex: margarida.
- Tronco: lenhoso e capaz de maior sustentação. Ex: mangueira.
- Colmo: nós e entrenós bem visíveis, possui a bainha das folhas recobrindo os entrenós e folhas ao longo do caule. Ex: milho, bambu.
- Estipe: nós e entrenós bem visíveis, mas com folhas apenas no ápice do caule. Ex: coqueiro.
- Tubérculo: reserva. Exemplo: batata. Difere das raízes tuderosas por ser adaptação do caule. Podemos observar ao ver as gemas laterais (característica de caule) nas batatas.
- Rizoma: se desenvolvem no solo, paralelamente. Ex: samambaia, bananeira.
- Bulbo: estrutura complexa formada por uma caule e folhas modificadas. Exemplo: alho e cebola. O caule equivale ao prato, região basal. Os dentes do alho e a cebola são folhas modificadas, chamadas catáfilos.
- Caule aquático: encontra-se submerso em água. exemplo: vitória-régia.



domingo, 9 de maio de 2010

O GRANDE RESUMO

Abaixo segue o resumo que prometi.

"Na árvore evolutiva, as algas pluricelulares são as plantas menos evoluídas e também são marinhas. Não possuem vasos condutores de nutrientes, mas algumas podem atingir grandes alturas. Podem ser verdes (clorófita), vermelhas (rodófitas) ou pardas (feófitas). Elas podem servir servir de alimentos, cultivo de bactérias ou fonte de adubo. Não tem frutos ou sementes e fazem fotossíntese.
"As briófitas são musgos, de pequeno porte, vivem em locais úmidos e sombreados, não possuem vasos condutores e seu corpo possue estruturas chamadas: rizoides, cauloides e filoides e não raiz, caule, folha, pois não possuem a mesma organização. Alguns exemplos são os musgos e hepáticas. Não tem frutos ou sementes.
"As briófitas apresentam alternância de geração reprodutiva, ou seja, ela possue uma fase sexuada e outra assexuada. A fase sexuada, chamada gametófito, produz gametas (anterozoides = masculino e oosfera = feminino). Os anterozoides chegam à oosfera graças a água. Na ponta da briófita fêmea, a oosfera fica esperando ser fecundada. Quando isso acontece, na ponta, nasce uma cápsula e uma haste. Essa estrutura, denominada esporófito, é a fase assexuada e produtora de esporos. Com o ciclo assexuado completo, o esporófito libera esporos no ambiente, criando outras briófitas, e depois murcha. A fase sexuada é duradoura e a assexuada, passageira.

"As pteridófitas são mais evoluídas que as algas e as briófitas. Apresentam vasos condutores, têm alternância de geração, sendo que a fase esporófita é duradoura e a gametófita, temporária. Exemplos de pteridófitas são as samambaias. Seu modo de reprodução na fase gametófita é similar a das briófitas.
"As gimnospermas são as segundas mais evoluídas da escala. Com vasos condutores, não têm alternância de geração e produzem sementes, mas não frutos. As sementes ficam expostas e não encerradas em frutos. Tem raízes, caules e folhas. Na reprodução, os estróbilos trocam gametas. Quando um estróbilo é mais desenvolvido que os outros, pode formar cones. A reprodução ocorre da seguinte forma: o cone masculino libera grãos de pólen no ambiente, que podem chegar ao estróbilo feminino (ou cone feminino). Na fêmea, o grão de pólen abre uma espécie de tubo, tubo polínico, que cresce até alcançar o óvulo. No tubo, o grão de pólen dá origem ao núcleo espermático (gameta masculino).
"Ao alcançar o óvulo, o tubo polínico introduz o núcleo espermático. O grande esporo que fica dentro do óvulo se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera (gameta feminino). Após a fecundação, aparece o zigoto, que forma o embrião, e o óvulo, depois, vira uma semente, que guarda e protege o embrião.
"Exemplos de gimnospermas são: pinheiros e sequoias. Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões, o cone com pinhões é chamado pinha. Existem árvores com estróbilos separados ou hermafroditas, ou seja, os dois na mesma árvore. As sementes também podem se espalhar no ambiente, germinar e formar novos pinheiros.

"As angiospermas são as plantas mais evoluídas. Possuem raiz, caule, folha, flores, frutos e sementes. Tem vasos condutores, não têm alternância de geração e possuem dois grupos: monocotiledôneas e dicotiledôneas.
"As flores dão origem às sementes e frutos. Podem ser vistosas, perfumadas ou não e produzir um líquido açucarado (néctar), que são características que ajudam na sua polinização (reprodução).
"As sementes protegem o embrião. Nas angiospermas, as sementes são protegidas pelos frutos. Além da proteção, os frutos também ajudam na dispersão das sementes, pois servem de alimento para muitos animais.
"As diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas são: raízes, nervuras das folhas, sementes e as pétalas das flores.
"Nas raízes, existem dois tipos: fasciculadas e pivotantes. As fasciculadas são das monocotiledôneas e crescem em forma de cabeleira. As pivotantes pertencem às dicotiledôneas e crescem com uma raiz principal, que perfura o solo verticalmente e outras menores saíndo da principal.
"As folhas tem esses tipos: paralelinérvea e reticulada. As paralelinérveas são das monocotiledôneas e são retinhas e paralelas. As reticuladas pertencem às dicotiledôneas e aparecem na forma de rede.
"As cotilédones são estruturas que transmitem os nutrientes para o embrião. Se existir uma cotilédone, é monocotiledôneas. Se houver duas, é dicotiledônea.
"Quanto às pétalas, todas as que veem em múltiplos de três são monocotiledôneas e todas de número diferente de múltiplos de três, são dicotiledôneas."
FIM

ALELUIA, DAI GRAÇAS AOS CÉUS

Perdoem-me o título da postagem, mas é o que eu estou sentido. Sei que ainda estou atrasado, mas pelo menos é alguma coisa. A Unidade III é sobre as plantas. E as próximas postagens são sobre os capítulos 10, 11 e 12. Mas vou fazer uma coisa de louco: vou colocar um resumo sobre os três capítulos.
Obs.: Ao tentar ler, tome cuidado com a visão, pois você pode ficar cansado. Não haverá imagens bonitinhas. Se tiver, foi por que eu fui bonzinho, por que, desculpe-me a franqueza, mas estou de saco cheio de ajeitar esse blog. Vou logo avisando que se esse número de capítulos se acumular de novo, eu lavo as minhas mãos, e o pessoal da equipe que corra atrás do prejuízo, pois eu, Leonardo de Sousa Magalhães, número 18, estou farto dessa palhaçada. O único que ainda teve coragem de mostrar a coragem ou fazer algum post foi o Luiz Filho, que fez aquele sobre os dinossauros e o cap. VIII. Ele só não postou de início, por que ele ainda estava ajeitando.
Por hora, vou riscar os nomes do Adelton e do Chacon da lista da equipe, pois eles só vão voltar quando resolverem se mexer!!!!!

CAP. VII

Não se tem muito o que falar sobre as bactérias, assunto deste capítulo. Mentira, tem muita coisa sim. Vamos falar sobre a sua reprodução, a alimentação, características gerais e doenças que causam aos seres humanos.

A alimentação consiste em parasitar células (bactérias causadoras de doença), receber alimento de uma planta, se você der algum nutriente a ela (mutualístico) ou reciclar restos orgânicos. Na natureza, os fungos e bactérias fazem o papel de decompositores de matéria orgânica morta, transformando em nutrientes para o solo.

As bactérias têm as seguintes características: São unicelulares e procariontes (não tem núcleo individualizado). São seres simples, sem organelas complexas, tendo somente no hialoplasma ribossomos. Podem ser classificados de acordo com a forma.
As classificações são as seguintes: bacilo, espirilo, coco ou vibrião.
- O Vibrião é a bactéria que apresenta form
a de vírgula.
- O Bacilo possui forma de bastão.
- O Coco é arredondado
- O Espirilo parece uma cobrinha, mas com várias espiras.

Exemplo de todas as bactérias (desconsidere a letra E)

A reprodução da maioria das bactérias é assexuada, por cissiparidade, mas pode ocorrer uma ligação entre duas bactérias por uma espécie de ponte, onde elas trocam material genético, ocorrendo uma recombinação. Esse processo é chamado conjugação.
Na foto mostra o processo de conjugação. A célula doadora de RNA doa uma pequena quantitade para outra célula através de um tubo.

As doenças bacterianas são:
Cólera: Causado pela bactéria Vibrio cholerae, provoca infecção grave. Os sintomas são: diarréia esbranquiçada, como água de arroz, vômitos, cólicas intestinais, cãibras musculares e alteração na produção de urina. É adquirida através de água e alimentos contaminados. Os meio de prevenção são tomar mais cuidado com a água e alimentos, lavando-os e/ou fervendo-os.

Meningite meningocócica: Causada pela bactéria Neisseria meningitides, ela danifica a estrutura cerebral, causando dores de cabeça e de garganta, febre alta e rigidez da nuca. Pode levar o paciente ao coma e até mesmo à morte. É adquirida através das veias respiratórias e onjetos contaminados. A prevenção é manter distância de pessoas doentes ou de áreas contaminadas, tal como objetos infectados.

Turbeculose: Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, ela causa lesões pulmonares denominadas tubérculos. Os sintomas: tosse, expectorações com sangue, febre, suores, emagrecimento e fadiga. Adquirida pela via respiratória. Evite contato com doentes.

Tétano: Causado pela bactéria Clostridium tetani, penetra no corpo através de contato de feridas no corpo com esporos no solo. Ela libera uma toxina que causa dor de cabeça, febre, rigidez muscular. Pode levar à morte por paralisia respiratória. É fundamental a aplicação de soro antitetânico.

Leptospirose: Causado pela bactéria Leptospira interrogans, provoca febre, dor de cabeça e musculares e vômito. Obtida pela água, alimento e objetos
contaminados por fezes e urina de ratos e animais contaminados. Evite contato com áreas alagadas ou filtre e ferva a água antes de beber. Lave bem os alimentos e esterilize objetos.

Sífilis: É uma DST, causada pela bactéria Treponema pallidum, nos casos mais graves provocam lesões no sistema nervoso central, podendo causar cegueira, paralisia geral e morte. O uso de preservtivos e a não amamentação de bebês por mães contaminadas evita a aquisição da doença.

Gonorréia: DST causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. No homem ocorre corrimento com pus na uretra e ardor ao urinar. Nos casos mais graves, causa esterelidade e outros males. Na mulher é assintomática ou pode ocorrer corrimento esbranquiçado.

Coqueluche: Ou tosse comprida. É causada pela bactéria Haemophilus pertussis. Atinge crianças e provoca tosse frequente e prolongada. É transmitida pelas vias respiratórias. Deve-se evitar contato com pessoas doentes.

Hanseníase: Ou lepra, é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. O doente pode apresentar lesões cutâneas, oculares e de nervos. Nos casos mais extremos ocorre a "queda" ou perda das partes do corpo. Transmitida por contato direto, deve-se evitar tal contato.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CAP. VIII

Os protistas autótrofos, organismos microscópicos, constituem a maior parte do plâncton marinho e dulcícula. São de fato os mais importantes produtores desses ecossistemas, isto é, pela fotossíntese, produzem os alimentos que direta ou indiretamente garantem a vida de todos os demais seres. Eles também são chamados de algas unicelulares.
As algas unicelulares pertencentes ao Reino Protista distribuem-se por três divisões:

Chrysophyta (diatomácias e crisofítas)
Euglenophyta (euglenóides)

Pyrrophyta (dinoflagelados)

Pode-se referir às algas como crisofíceas ou crisófitas, por exemplo, valendo esta nomenclatura para as outras classes
.
Crisófitas (grego chrysos = ouro; grego phykia = alga)
São as algas douradas, representadas principalmente pelas diatomáceas
Uma Crisófita

Euglenófitas (grego eu = bem; grego gle
ne = encaixe)
São algas esverdeadas que possuem um ou dois flagelos, vivem principalmente em água doce. O principal representante é a Euglena
Exemplo de Euglenófita

Pirrófitas (grego pyrrhos = avermelhado, cor de fogo)
São as "algas de fogo", assim chamadas por causa da
cor avermelhada que possuem. Algumas vivem em água doce mas a maioria é marinha. Um exemplo interessante de pirrófita é a Noctiluca, que possui luminescência, sendo responsável, em grande parte, pela luminosidade do mar e da areia molhada, que se pode observar facilmente.
Exemplo de pirrófita

2 - Protozoários
Antigamente referia-se ao Filo dos Protozoários. Atualmente o termo protozoário tem sido empregado como uma designação coletiva, sem valor taxonômico. Os antigos Subfilos passaram a ser os atuais Filos.
A classificação dos protozoários é feita c
om base nas estruturas de locomoção que apresentam.
Os principais Filos de protozoários são:

Sarcodina (sarcodíneos)

Locomovem-se através de pseudópodos.
Exemplo.: as amebas
Exemplo de sarcodíneo

Mastigophora (mastigóforos)
Locomovem-se através de flagelos. Também conhecidos como flagelados.
Exemplo.: tripanossomo
Tripanossomo, exemplo de mastigóforo

Ciliophora (ciliados)
Locomovem-se através de cílios.

Exemplo.: paramécio
Representante do grupo ciliado

Sporozoa (esporozoários)

Não possuem estruturas de locomoção.
Exemplo.: plasmódio.

Plasmódio, ponto mais escuro, um esporozoário

Os protozoários (grego protos = primeiro; grego zoon = animal) formam um grupo numeroso, com uma grande variedade de formas, adaptadas aos mais diferentes modos de vida. Eles ocorrem em praticamente em todos os ambientes aquáticos e terrestres. Existem espécies de vida livre e parasitas.
As células dos protozoários são chamadas de “células-organismo
”, pois são capazes de executar todas as funções que os seres pluricelulares são feitas por células ou órgãos especializados.
Os protozoários podem se locomover por pseudópodos, cílios e flagelos, embora haja também espécies sem locomoção.

Os pseudópodos (grego pseudo = falso; grego podos = pé) são expansões de citoplasma que permitem um lento deslizamento do organismo. Esses pseudópodos se alongam e alargam, e assim mudam constantemente a forma da célula dura
nte o deslocamento.

Os cílios são filamentos curtos que oc
orrem em grande número por célula, enquanto os flagelos são longos e cada célula apresenta apenas um ou alguns poucos. Nos dois casos eles batem coordenadamente e possibilitam a natação do organismo numa determinada direção.

O flagelo é uma espécie de cauda que possibilita a locomoção desses seres em meio líquido. Encontrado, por exemplo, no protozoário da doença de chagas.

Muitos protozoários são parasitas do homem causando diversas doenças. Veja no quadro a seguir as principais:
Espécie: Classe/Doença: Sintomas/Transmissão
Entamoeba histolytica: Rizópodo/Amebíase: Ulcerações intest
inais, diarréia, enfraquecimento/Ingestão de cistos eliminados com as fezes humanas.

Trypanosoma Cruzi: Flagelado/Doença de Cha
gas: Problemas no coração, inchaço do baço e fígado, mal estar/Fezes do inseto barbeiro (Triatoma sp.)

Leishmania brasiliensis: Flagelado/Úlcera de Bauru: Ulcerações (feridas que não cicatrizam) no rosto, braços e pernas/Picada do mosquito palha (Phlebotomus sp.)
Leishmania brasiliensis

Trichomonas vaginalis: Flagelo/Tricomoníase: Vaginite, uretrite, corrimento/Relação sexual ou toalhas e objetos úmidos contaminados
Trichomonas vaginalis colorida artificialmente

Giardia lamblia: Flagelado/Giardíase: Dores abdominais, diarréia/Ingestão de cistos eliminados com fezes humanas
Giardia lamblia

Plasmodium vivax: Esporozoário/Malária: Febres, anemia, lesões no baço e no fígado/Picada de mosquito-prego (Anopheles sp.).