terça-feira, 27 de julho de 2010

Cap. XV

Gente, eu sei que faz quase dois meses que eu não posto nada, mas hoje vou quebrar esse jejum, vou falar, "adiantadamente", do cap. XV, do nosso livros. Ele fala sobre os poríferos e os celenterados.

Talvez, ao tomar banho, você goste de se ensaboar com uma esponja sintética, de plástico, ou vegetal. No entanto, antes da invenção desse tipo de esponja, os seres humanos usavam o esqueleto de certo animais para várias utilidades diárias. Esse esqueleto macio de certo animais é feito de um emaranhado de delicadas fibras de uma proteína chamada espongina. Essa era a esponja natural. Com a invenção das esponjas sintéticas, a comercialização das naturais caíram significativamente mas ainda são vendidas em alguns mercados.

Os poríferos, ou simplesmente esponjas, surgiram há cerca de 1 bilhão de anos . Supõe-se que originaram-se de seres unicelulares heterotróficos, que se agruparam em colônias. Tais seres vivem fixos em rochas ou outras estruturas submersas, como conchas, onde formam colônias. Não possuem sistemas nem órgãos. São exclusivamente aquáticos e predominantemente marinhos, mas há espécies em água doce. Podem viver nas áreas mais rasas (com água) da praia ou em áreas de 6 mil metros de profundidade. Se alimentam de restos orgânicos ou de microrganismos que capturam na filtragem da água. Servem de alimento também para moluscos, ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas.
Esquema de alimentação dos poríferos

Bem, para aqueles que conseguiram ver a imagem acima, não tenho muito que explicar, mas para aqueles que não, perdoem-me, mas é o tamanho máximo, e mesmo assim, darei uma breve explicação. O corpo desse ser possui várias células, e algumas formam pequenos orifícios chamados poros. A água penetra no corp
o do animal por esses poros e alcançam uma cavidade central denominada átrio. Externamente, o corpo do animal é revestido por células achatadas que formam a epiderme, internamente, células denominadas coanócitos, dotadas de um longo flagelo, revestem o interior do corpo e seu movimento promove um contínuo fluxo de água do ambiente para o átrio. Nessa água estão misturados microrganismos e restos orgânicos, que são digeridos pelos coanócitos. Os nutrientes são distribuídos para as outras células do corpo do animal. Devido a essa digestão, diz-se que ocorre uma digestão intracelular. Os restos metabólicos do animal são liberados no ambiente, junto com a água absorvida, por uma abertura chamada ósculo.
Algumas esponjas possuem materiais variados em sua composição, como a espongina e espículas de calcário ou de sílica. Sem a espícula, a esponja tende a desenvolver ainda mais a espongina.
Exemplos de reprodução dos poríferos

Bem, como as imagens dizem, os poríferos pode se reproduzir assexuadamente ou sexuadamente. Para aqueles que já vem acompanhando o blog há algum tempo, o processo assexuado dos poríferos lembra um pouco o das hidras, que por sinal, são celenterados. Sexuadamente, os gametas masculinos fecundam os femininos, que forma um zigoto. Esse zigoto se desenvolve e forma uma larva, que sai do corpo da esponja pelo ósculo e nada em direção a uma rocha, onde ele se fixa e se desenvolve, formando uma nova esponja.

Celenterados

Os celenterados se dividem em dois g
rupos, quanto à forma do corpo. Os pólipos tem corpo cilíndrico, com tentáculos na boca, e vivem fixados em rochas (ex.: hidra). Medusas tem corpo em forma de guarda-chuva, com tentáculos ao longo da margem do corpo. Tais tentáculos possuem um veneno que em contato com a pele humana, lembra a sensação de "choque". Sua parte superior é gelatinosa. Nadam livremente, de forma limitada, ou se deixam carregar pelas correntes de água. (ex.: água-viva)
O corpo desses seres possuem uma única entrada
, a boca, que é ligada diretamente à cavidade digestória. Sua epiderme possuem algumas células especiais, chamadas cnidócito, que possuem uma cápsula - o nematocisto - que abriga em seu interior um tubo filamentoso enovelado, portador de um líquido urticante. O nematocisto possue também um cílio sensorial que atua como gatilho ao ser tocado. Com isso ele libera o veneno, que dá a sensação de choque nos seres humanos, mas que servem para a captura de alimento, que são levados à boca e à cavidade digestória, onde boa parte é digerida, mas somente com certas células, a digestão se completa, portanto a digestão é extracelular e intracelular. Os restos não-aproveitáveis são liberados no ambiente através da boca.
Existem vários tipos de celenterados, entre eles:
*Hidras - hidrozoários, com corpo em formato de pólipo, e que quando se locomovem usam o artifício de cambalhota, repoduzem-se assexuadamente.
*Caravelas - hidrozoários pólipos, que vivem em colônias e são transparentes. Cada pólipo pode assumir uma função única na colônia, como protegê-la, fazer a digestão, etc.
*Águas-vivas - únicos cifozoários e em format
o de medusa. No todo, são medusas, de tamanhos e "cores" diferentes.
*Actínias ou anêmonas-do-mar - antozoários pólipos, de cores e tamanhos diferentes. Vivem fixos a uma rocha ou outro suporte.
*Corais - antozoários pólipos, organizados em colônias, que formam um exoesqueleto calcário. Assim como nas caravelas, há distribuição de trabalho entre os pólipos. Vivem em águas de temperatura média de 20 a 25 ºC e em profundidades de 35 metros. Quando morrem, seu exoesqueleto continua intacto e servem de apoio para outros pólipos, formando o recife de corais. Possuem cores variadas e são usadas como decoração de aquários.

A única coisa que devo acrescentar a tudo isso é a reprodução sexuada dos celenterados.
Alternância de geração dos celenterados.

Bem, espero que esteja bem visível, mas vou explicar mesmo assim... Duas medusas, por exemplo, macho e fêmea, liberam seus gametas e formam um zigoto, o mesmo se transforma em uma larva móvel, que na reprodução sexuada, pode evoluir para um ser igual aos pais, ou nadar até se fixar num local, e gerar um ser igual aos pais, mas pólipo. Na alternância, ocorre toda a parte do pólipo. Quando o mesmo está desenvolvido, ele começa a produzir várias medusas, ou seres iguais aos pais do pólipo, que surgem por brotamento. Bem, por hoje é só.

E um aviso, os próximos capítulos são um pouco nojentos, principalmente o próximo, que fala sobre as lombirgas e larvas... Bem, depois vocês conferem. Adeus.